O juiz no banco dos réus
Virei manchete do Fantástico. Que ironia. Eu aqui, no Sertão de Minas Gerais, com tanta pobreza e carências de recursos, com todas as dificuldades que uma Comarca de Vara Única me impõem, viro manchete em rede nacional.
Há quase sete anos, aceito a vida meio sacerdotal do juiz, que nos exige trabalhar mais de 12 horas por dia, sabendo que ao voltar no dia seguinte novos processos virão. Afinal a máquina judiciária não pode parar.
Filhos? Sim, tenho três. Peco como mãe, pois muitas vezes saio de casa sem vê-los, e quando retorno, eles já estão dormindo. Mas, essa foi a carreira que escolhi e existem os ônus.
Não assisti a reportagem do Fantástico, veiculada no último domingo, sobre o “homem que foi impedido de voltar para a sua cidade”, embora eu fosse uma de suas protagonistas. Por que? Porque conheço o caso e as razões do meu decidir. Nada do que seria dito alteraria a realidade fática e processual. Ademais, entendo que o juiz deve se manifestar no processo, esse é o meu princípio.
Logicamente, dei a entrevista em razão de o tema ter tomado tamanha dimensão, e por entender que toda a autoridade pública deve dar transparência aos seus atos. O fiz em respeito à comunidade de Buritis-MG, que conhece meu trabalho há cinco anos.
Por mais, que tenha dado uma versão clara dos fatos ao renomado repórter Marcelo Canellas, já previa que a tônica da reportagem seria colocar “a juíza” na posição de vilã na história. Nada que me impressione. Basta consultar o Youtube sobre reportagens a respeito de juízes, se verá que a imensa maioria tem a finalidade de questionar a validade e legalidade de suas decisões. Não me recordo de alguma notícia que tenha divulgado o bom trabalho desenvolvido por algum colega. É uma pena, talvez não venda a matéria.
Dos relatos que me chegam, fico com a seguinte impressão: Alguém tomou um livro nas mãos, leu o título e a orelha de capa e tirou suas conclusões. Podemos chamar isso de leitura? Se conhecerá a história em seus meandros? O por quê dos acontecimentos finais? Nunca. Jamais.
Princípio básico de processo: Para julgar é preciso conhecer o processo. E digo-lhes: Eu o conheço. Por isso, deito a cabeça no travesseiro e durmo, com o sentimento de dever cumprido, pois talvez tenha evitado um mal maior. Evitei conflitos familiares que traziam tanta dor e sofrimento a ambas as partes. Lamentaria uma vida inteira se algo de pior acontecesse com qualquer dos envolvidos.
Pergunto-lhes: Seria melhor tê-lo deixado preso? Uma vez que assim se apresentou diante de mim? Seu direito de ir e vir já não estava limitado, ante o fato de que estava encarcerado, autuado em flagrante por ameaça de morte à irmã?
Quantas são as decisões judiciais que com fundamento na Lei Maria de Penha, decretam a prisão preventiva dos supostos agressores, objetivando a proteção física e psicológica da vítima? Já se viu alguma reportagem fantástica nesse sentido?
Optei pelo “caminho do meio”, devolvi-lhe a liberdade, o direito de ir e vir, porém mediante condições, que garantissem segurança à vítima, nos termos da Lei Maria da Penha, art. 22, II e III, “c”.
Dei-lhe a oportunidade de voltar ao seu domicílio efetivo em Brasília, - conforme informado nos autos-, estabelecendo um prazo para que os ânimos tão acirrados se acalmassem. Quem sabe assim, o diálogo familiar se tornasse possível em outra oportunidade.
Bem, o caso rendeu assunto, portanto, parabéns à equipe de reportagem!
Já ouvi tanta coisa? “Rasgou a Constituição Federal!”. “É só mais uma menininha que passou num concurso!” “Crime de banimento!” etc. etc.
Mas, recebo as críticas desses especialistas com carinho e respeito, sejam positivas ou negativas, afinal, vivemos numa democracia.
Não tenho pretensão de unanimidade. Em cada processo, 50% das partes serão desagradadas, sairão descontentes com a minha decisão. E o direito é assim mesmo, dialético, relativo. Tantas opiniões divergentes sobre o mesmo tema, amparadas por doutrina e jurisprudências tão variadas.
O dia que eu for unanimidade, mudo de profissão.
Ha mentes previlegiadas e a sua eh uma delas Lisa. Uma surpresa c notas de orgulho ao ler tua cronica e mais ainda ao ve-la no blog de tua autoria. Lida a cronica fica a certeza que sempre dia apos dia precisamos ter: deitar a cabeca no travesseiro e dormir com a consciencia tranquila. Nao li a decisao e nao conheco os meandros do caso concreto, mas conheco a qualidade da sua pena pelas memorias da faculdade e as qualidades da sua pessoa pelas memorias dos momentos de vida singelamente partilhados. A midia busca o q vende. O juiz e a juiza buscam o q pacifique os litigios e ha decisoes que transcendem as folhas do processo. Esse por vc brevemente descrito parece ser um deles... um grande abraco com sentimento bom de pertencer a este poder q vc integra! Jana-
ResponderExcluir...É algo naturalmente intrínseco do ser humano julgar atitudes e decisões tomadas por outro ser humano sem conhecer com maior clareza e principalmente discernimento, os reais fatos da situação. Tais julgamentos acentuam-se quando se trata de uma pessoa que ocupa uma posição de destaque e que assume os riscos de sua profissão, qual seja aquela de juíza da cidade de Buritis/MG. Assisti rapidamente à reportagem transmitida no Fantástico em 06/02/2011, não conseguindo entender o caso, face a "correria cotidiana". De qualquer forma, chamou-me a atenção e hoje finalmente consegui encontrar um tempo para vasculhá-la na internet e entender de forma resumida, o tal caso. Sinto-me triste por uma rede de TV conhecida focar a Sra. Dra. Juíza Lisandre Figueira como a vilã da história. Causa-me estranheza que tentem apregoar a paz, mas quando um ser humano realmente assume sua posição e converge no sentido de difundi-la e promover a conciliação entre as partes litigiosas, bem como promover a pacificação entre famílias (diga-se de passagem que por sinal somos conhecedores, pois vemos diariamente, tragédias ocorrerem por ausência de decisões neste sentido), surgindo ai as críticas e uma conotação ruim da história, ditada pela mídia de forma agressiva. Sob meu ponto de vista, a decisão da Sra. Dra. Juíza foi tomada com muita coragem e sabedoria; veja-se inclusive que a r. Juíza não determinou que o irmão da vítima ausentasse-se por uma vida, mas por 06 (seis), como uma maneira de realmente "melhorar os ânimos" e assim, que pudessem até mesmo retornar os irmãos a viver harmoniosamente. E ainda, caso o irmão da vítima desejasse ir à cidade para tratar de outros assuntos, neste período interruptivo de 06 meses, poderia fazê-lo, requerendo-o judicialmente, salientando assim a necessidade/motivo; o que inclusive se verifica rapidamente quando se assiste à reportagem ("salvo com autorização judicial"). Espero eu que decisões como esta sejam repetidas e que as pessoas simplesmente não apontem a Sra. Dra. Juíza como alguém cruel e que não mediu as consequências de sua decisão. Se realmente não tivesse se atentado a este fato, teria deixado o irmão preso ou mesmo propiciado que algo realmente ruim pudesse acontecer. Sinto-me honrada pela decisão tomada pela Magistrada, principalmente por ser esta uma mulher, jovem e bonita, e acima de tudo, um ser humano que esta fazendo seu papel no mundo em que vive, honrando a posição que ocupa e tentando cumprir com o seu papel social e promovendo a paz, não sendo de forma alguma "uma menininha que passou no concurso". As lutas foram grandes e agora o são ainda mais. Deixo as palavras do ilustre Rui Barbosa: "A justiça atrasada não é justiça, senão injustiça qualificada e manifesta." Ana Paula (Londrina/PR).
ResponderExcluirSou geólogo e gostei de trabalhar com pedras porque são bem mais fáceis que trabalhar com humanos. Contudo trabalhar com o ser humano é preferível porque a relação pessoa-pessoa sempre valerá a pena. Não assisti a reportagem. Só vi no facebook de um juiz amigo meu (Nagibe de Melo).
ResponderExcluirNunca agradamos a todos. A sua decisão foi louvável. Qualquer coisa neste mundo é melhor que ficar preso numa cadeia pública brasileira. Há porem jogos de interesse por parte do réu. Na reportagem que li no site do fantástico ele (réu) falou em pedir indenização.
Engraçado que se ele ficasse preso, fosse estuprado, comesse o pão que diabo amassou na cadeia. Ele não iria solicitar indenização, do contrário o Brasil pedia concordata de tanto preso. Mas isso o Fantástico não mostra né?
O Fantástico usou o "fato singular" para criar polêmica e ganhar pontos na audiência. É assim que funciona o sistema. Ele não quer saber se a decisão da juíza foi a melhor para as duas partes. Ele só quer criar muvuca pra obter audiência.
Recordo de uma decisão judicial ocorrida nos EUA em que o condenado por chamar um policial de porco, foi obrigado a usar uma placa pendurada no pescoço, com os dizeres: "O policial não é porco". O engraçado é que o policial ficou do lado dele durante 8 horas numa praça. É uma forma INTELIGENTE de educar o condenado.
No Brasil com certeza o condenado iria pedir indenização, impulsionado pela política assistencialista de nosso governo comunista incubado.
Lisandre Figueira não te inquietes com a iniquidade dos que julgam sem conhecimento. Quando fazemos as melhores coisas é então que somos mais perseguidos.
Há uma música de Daniel Poli, da Argentina, que Fala de Gandhi, Tereza de Calcutá, Martin Luther King e Monsenhor Romero e pessoas como você.
Diz:
Quando buscares a verdade.
Quando lutares pela paz.
Quando quiseres construir um mundo novo.
Ainda que nunca estejas só.
Como sempre serão poucos.
Os que acreditarão que estarás falando sério.
Será tua luta sem trincheiras.
Que derrubará fronteiras e ódios.
(Lucha sin trincheiras)
Um abraço e uma prece.
Drº Lisandre.
ResponderExcluirNão leve tudo tão a sério, pois tudo na vida tem seus altos e baixos, como a doutora mesmo falou em nossa reunião hoje.
Quero te pedir uma coisa, continue firme e forte com tua fé, que nós da secretaria e sem sombra de duvidas, o nosso criador, o Grandioso Deus estaremos sempre contigo...
Acreditamos em tua decisão, e temos a certeza de que fizestes o teu melhor...
E acredite sim, que vai sair dessa e mostrar a tão maravilhosa doutora que és.
São poucas palavras, mais são de coração.
Franciele Taborda Piêgas ( Buritis )
Doutora apesar de achar que sua decisão não foi proporcional nem razoável, parabenizo a senhora por sua luta de mãe e magistrada.
ResponderExcluirJose Ricardo
Lisandre,
ResponderExcluirHá os que dardejam pelo simples prazer de dardejar. São os iconoclastas. Direcionam a energia para desconstruir ícones, instituições. De algum modo (certamente asseverado pelas dimensões do município), a sua condição de servidora pública foi elevada à de um ícone. E basta uma decisão firme e segura para que as pedras comecem a ser atiradas. Não esmoreça diante da luta. Não abdique de sua vocação. Os abutres só querem isso de você. Não sirva esse prato a eles.
Forte abraço.
MOCAM
Não vi a matéria jornalística, tampouco tenho intenção de vê-la. Não conheço Buritis, alías nunca fui ao Estado de Minas Gerais. Não conheço do "caso dos autos", nem da polêmica nele envolvida. Sou apenas mais um dos que sonha com a magistratura e que está se preparando o melhor que pode para nela tentar ingressar, e que por acaso encontrou este blog. Todavia, ao ler Vosso post, duas coisas pude perceber. A primeira que há bastante razoabilidade e preocupação com as partes em Vossa decisão, além de demonstrar sabedoria na eleição e aplicação das medidas protetivas determinadas pela 11.340/06, e a segunda que a senhora tem o dom da escrita. É um prazer enorme a leitura de vosso texto, fiquei com vontade de ler vossas sentenças. Parabéns, Excelência.
ResponderExcluirDrª Lisandre,
ResponderExcluirSobre esta notícia "fantástica", se é que assim a posso chamar, queria lhe dizer que as pessoas que te conhecem estão ao seu lado, pois conhecem sua integridade, seu caráter e o quão você busca a pacificação em suas decisões, dentro da base legal. Sabemos como foi dura e batalhadora sua trajetória para estar onde está hoje. Então, não deixe que esse triste acontecimento influencie sua pessoa no cotidiano. Sei que não posso imaginar o tamanho do seu sofrimento, afinal, só estando na pele para saber, mas, por mais difícil que seja, confie em Deus, porque ele está acima de tudo! Este 4° poder que é a mídia pode direcionar os acontecimentos para repercutirem positivamente a ele, destruindo a imagem de uma pessoa, sem buscar a verdade real dos fatos. Mas eles não tem capacidade alguma para acabar com o caráter desta pessoa. E isso é o que importa. Então, erga a cabeça e continue dormindo tranquila, pois neste buraco que estão cavando para que a senhora se esconda, você não cairá! Porque conheço sua força, a senhora é mais que tudo isso. Estou com você e pode contar sempre comigo! Um forte abraço, Flavita.
Cara Lisandre;
ResponderExcluirComo você, pretendo ingressar na magistratura, mas ainda não chegou minha hora (cheguei na oral do último concurso do TJMG).
Não se importe com as opiniões alheias, são levianas, pois, em nenhum momento elas se preocuparam em saber qual era a situação dos autos; NÃO!!! Eles, do alto de um pedestal, abstratamente, julgaram o caso sem nem saber do que se tratava;
Acho que desconhecem o princípio da efetividade, ignoram a realidade que as mulheres brasileiras vivem hoje, acuadas, queimadas, mutiladas, violentadas, e etc;
Agora fico pensando o seguinte; imagine se Vossa Excelência não tomasse tal medida, e o sujeito tivesse cometido algum delito em face da vítima;
No outro dia essas mesmas pessoas que te criticam, estariam em algum programa policial, dizendo que os juízes não tomam providências para proteger as vítimas de violência doméstica e familiar contra a mulher;
Como você mesmo disse, deite a cabeça no travesseiro e fique tranquila, pois o que Vossa Excelência fez foi justiça, efetividade, resguardo aos direitos fundamentais;
MEUS PARABÉNS e desculpe eventuais erros de português, já que tenho que voltar a estudar;
"Não julgueis para que não sejais julgados"
ResponderExcluirTodavia esse tremendo fardo recai sobre o magis
trado e com certeza absoluta é imparcial na me-
dida em que é, também impessoal. O juiz é o mais
refratário e vulnerável, tendo-se em vista que a
própria lei prevê a sua suspeição, os agravos e
toda a parafernalia que se lhe impõem. Teria e te
ve a julgadora a felicidade de resolver sesse pro
blema, dir-se-ia salomônico e enfatizou realçando
a sua decisão com a assertiva final de quen"no momento em que se julgasse unânime, mudaria de profissão. Achei isso particularmente notavel.
Dra. Lisandre,
ResponderExcluirGostei da sua resposta. Concordando ou não, demonstraste o que nós já sabiamos nos tempos de UFSM, tu tens convicção. E isso é um grande mérito, uma vez que hoje a magistratura está tomada de papagaios de tribunais superiores. Um forte abraço do ex-bixo na UFSM, Eduardo Schmidt Jobim
Excelência, me abstenho de qualquer juízo de valor sobre sua decisão, pois sou impedido pelo art. 35 da LOMAN. Não conheço o caso, o processo, a entrevista, a reportagem nem Vossa Excelência. Mas tenho cá comigo que se uma sentença é motivada e atende ao art. 93 IX da CR, não há porque tanto estardalhaço. Juiz não sentencia para agradar ninguém, nem mesmo os mínimos 50 por cento informados por Vossa Excelência, se é livre convencimento motivado, então que seja livre convencimento motivado. Quem não está conformado é completamente livre para recorrer, é um direito, recorra. Fazer escândalo e mandar pra mídia é que é absurdo. Apenas aconselho Vossa Excelência a evitar o máximo possível a mídia, e se não puder, fale pouco e sem emitir juízo de valor sobre o caso. E conselho de colega: feche o Blog, é melhor ência. O Magistrado não tem que dar satisfação de suas decisões fora do processo, salvo para evitar dano que possa ser ainda maior que a ausência de manifestação e olhe lá, pois tantas vezes temos que suportar o peso dos olhares indignados e das palavras pelas costas e o ônus de decidir, repito, de acordo com o livre convencimento motivado, sem ter que pensar em agradar fulano ou siclano. Perdoe o palavreado, mas, dane-se, o Tribunal de Justiça está de portas abertas para a via recursal (são palavras de um colega cansado de se ver sempre vilão). Magistrado não deve favores a ninguém e nem pode e como Vossa Excelência mesmo falou: à comunidade a quem serve. Sou tido como um magistrado linha dura, mas "quo vadis?", fazer o que? Meu trabalho é para realizar a JUSTIÇA que os advogados(nada contra a classe lógico, que aliás é uma das mais nobres, mas a mídia gosta de mostrar o ruim ao invés do bom) tanto invocam como chavão em suas petições a mim dirigidas como se o "COMO MEDIDA DA MAIS LÍDIMA JUSTIÇA!" com ponto de exclamação e tudo tornasse seu pedido a prova de contraditas ou qualquer outra alegação. Há muito tenho uma conciência encaliçada para as críticas veementes e fortes a mim dirigidas, mas é como eu disse, para mim a a magistratura não é cargo É SACERDÓCIO, DEDICAÇÃO, É UM ESTADO DE ESPÍRITO.
ResponderExcluirCONTINUANDO:
ResponderExcluirSuporte as críticas com serenidade. Se Vossa Excelência é boa magistrada ou não, digo desde já, por ser mais velho na carreira, não é o exame pelo qual passou que vai dizer isso, para o qual com certeza houve dedicação e trabalho duro. Aos que dizem que juiz ganha muito eu digo: DARIA METADE DO MEU SUBSÍDIO PARA TER A PAZ DE TER A NECESSIDADE DE PRECISAR TRABALHAR PELA METADE. Mas, ossos do ofício. E digo mais, QUEM ESTIVER LENDO E QUISER SER JUIZ PRA GANHAR MUITO DINHEIRO A ADVOCACIA PRIVADA ESTÁ DE PORTAS ABERTAS, pois na magistratura vocês vão receber um bom subsídio, tá certo, mas em troca de uma saúde debilitada, muito trabalho, uma coluna que vai ficando arqueada com o passar do tempo, dores de cabeça, dores de coluna(essa é a melhor parte), músculos flácidos, excesso ou perda demasiada de peso, o ódio de quem perdeu e de sua família e amigos, e talvez a simpatia de quem teve seu direito resguardado pela verdadeira Justiça mas pela qual não devemos esperar, um sistema imunológico fraco, ameaças de morte(outra parte ótima), de espancamento ou qualquer outra vingança, uma barba mal feita, saudades da família, mas a certeza de que fez um bom trabalho para o qual você foi moldado a ferro, fogo e sangue. E se eu nacesse de novo e pudesse escolher, mais do que sou não queria ser.
Art. 36 da LOMAN. Perdão Excelência
ResponderExcluirRicardo Schwertner disse:
ResponderExcluirObrigado Aramis Neto pelo apoio. As criticas que foram feiitas ao trabalho da Lisandre sao totalmente infundadas, e ninguém melhor do que eu para falar da dedicaçao e seriedade que ela tem pelo seu trabalho. Ela jamais decidiria dessa manei...ra se nao fosse o melhor para as partes envolvidas no falado processo do" homem que foi banido da sua cidade"...É incrível o poder que a imprensa quando mal intensionada tem para tentar manchar a imagem de alguém. Eu falo "tentar" porque isso é muito pequeno para manchar a imagem de alguém tao correta como a Lisandre, e ainda mais quando os fatos sao distorcidos para produzir uma estorinha triste e mentirosa.
Ricardo Schwertner
Meu nome é Normandes A. Sousa.
ResponderExcluirSou mineiro de Unai-MG e Juiz de Direito em Macapá-AP. Fico feliz em saber que a comarca vizinha à minha terra natal está tão bem servida. Tão logo li a manchete sobre tal banimento, percebi que as coisas não deviam ser como queriam passar. Receba meus parabéns Dra. Lisandre.
Obrigada pelo apoio Normandes e a todos os que compreenderam a situação em sua realidade fática e processual. Grande abraço. Lisandre Figueira.
ResponderExcluirCara Lisandre, saiba que dita ou "maldita" reportagem, fez que com que ao menos uma pessoa(após te ver pela televisão)fora afligida por algo meio que escondido em seu íntimo... Ânimo ou mesmo sonho da magistratura...
ResponderExcluirP.S. Quando crescer, quero ser como você!rsrs